quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

26

Tocas no rosto enquanto o ar não sai,
inspiro sem medo do acto que vem..
Envolvo os pés como mãos
Do toque nasce a nossa ilusão

Desenhas os risos de um novo medo
Que o peito demonstra sem qualquer sossego
Faz tempo que a culpa se foi
Ficámos de pensar só depois
do erro.

Já pouco nos resta a fechar os olhos
Escondemos actos sem qualquer receio ou angústia
Que nos prende a vontade de sentir
o corpo com prazer..

Rasgas-me a roupa sem qualquer pudor
E enquanto buscas o ar pela boca,
passeias o teu cheiro no meu corpo
Por entre os braços misturo tudo,
após o prazer ficaremos mudos
Sem saber
se é por uma noite

Grito teu nome sem saber
como será o amanhã
Foi um sonho real
por uma noite..

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